Foi uma época difícil. Minha vida estava na contramão, desviando dos carros em alta velocidade com os olhos fechados. Por meses fiquei louco, louco de verdade. Nada fazia sentido; as pessoas me davam medo, tinha medo de falar com as pessoas. Achava que sempre estavam pensando algo ruim sobre mim. Minhas palavras e conversas sempre eram rebaixadas por mim mesmo ao ridículo. O violão, companheiro de guerras, me olhava preocupado. Sabia que tinha que dar tempo a mim, por isso se voltava para seu universo como simples objeto material.
Minha belle dejour acabava de me deixar, foi o cúmulo.
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