segunda-feira, 3 de maio de 2010

Felicidade em preto e branco

Atlético garante a vitória em cima do Ipatinga e conquista 40º título mineiro. Apoio da Massa é decisivo





omingo, dia de decisão do Campeonato Mineiro. Torcedores atleticanos acordam, levantam e antes mesmo de abrir os olhos vestem o manto. Após a roupagem, olham pela janela: céu azul. Pena que a cor foi vista apenas no céu. Alguns torcedores inconformados diziam: “nós queríamos o Cruzeiro, mas cadê o Cruzeiro?”

Preparação feita, atleticano às ruas.

As vias de acesso prontas para a enorme carga de torcedores ansiosos. Ônibus e carros lotados de fanáticos convergiam para um único ponto: o Mineirão. Assim amanheceu o dia da decisão entre Atlético Mineiro e Ipatinga.

No local do confronto, o estacionamento lotado de atleticanos em busca do passaporte para o espetáculo deixou a já pequena, porém fiel, torcida do Ipatinga assustada. Embora a vontade fosse grande, nem todos conseguiram garantir a entrada.

Falta de ingressos e confusão

A grande demanda por ingressos não foi acompanhada pela oferta. Cambistas vendiam ingressos – que custavam inicialmente 20 R$ – a preço da própria camisa do time. Muitos torcedores que esperavam assistir ao espetáculo ao vivo viram o sonho se perder pela falta de bilhetes e se contentaram em acompanhar o jogo pelos famosos radinhos de pilha nas mãos de alguns torcedores, pela televisão ou até mesmo por carros de som próximos ao estádio.

Como nem tudo são flores, a falta de ingressos desesperou boa parte das torcidas. A meia hora do jogo, alguns mais alterados pretendiam acabar com a festa antes mesmo de ela começar e incitavam pequenas brigas ao partirem para cima dos que os vendiam a preços absurdos. De tempo em tempo, um grupo de furiosos partia para cima de cambistas, mas, instantes depois, a polícia chegava para apartar e garantir a festa no Mineirão.

Vitória e comemoração

Confusões à parte, o Atlético conquistou merecidamente a vitória. Com um resultado de 5x2 no agregado das duas partidas, o Galo mineiro foi pela 40ª vez campeão es
tadual – quatro a mais que o rival Cruzeiro – e pôde comemorar a festa há três anos aguardada. Oficialmente, 60.704 pagantes presenciaram a final, o que gerou renda de R$ 1.209.820,00.

Após o jogo, torcedores, dirigentes, integrantes da comissão técnica e jogadores se reuniram na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, para festejar a conquista da Taça. Como heróis após uma batalha, os jogadores do clube foram recebidos com o hino do time orquestrado pela banda mineira Tianastácia. A festa de comemoração lotou a Praça e contou com a distribuição de 40 mil latinhas de cerveja.

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