quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O estilo

Enquanto leio, penso lá no subjetivo do pensamento mais oculto sobre o estilo de escrita das pessoas. A escrita diz muito sobre a personalidade da pessoa. Por mais que o indivíduo queira ser alguém que não é, através da escrita é possível captar os pequenos detalhes pessoais. É por isso que eu valorizo a escrita, pelo menos um dos motivos.
Eu gosto de imagens, sons, é claro; mas a escrita é mágica. Ela eleva os pensamentos às alturas - ou funduras; ao subjetivo, enfim.


Na imagem, ficamos limitados ao que é mostrado. Às vezes esperamos maravilhas, e quando vemos a imagem, não é nada do que esperávamos. É o caso de alguns livros que viram filmes - que, por sinal, nunca tive essa experiência.


Pelo ar, chega aos nossos ouvidos o som, que tem a escrita. Contudo há alguns fatores que podem dissimular a mensagem radiofônica. No meu caso, eventualmente, me perco em meio à velocidade em que é transmitido algum programa de rádio. Seja por distração, com a vista livre para contemplar outras coisas, seja até mesmo pelo desinteresse na forma como são transmitidas as informações, unicamente pela voz.


Não me sinto um peixe fora d'água porque sei que a escrita é a base de todos os meios de comunicação. Num programa de TV, é o roteiro escrito quem norteia a programação. No rádio, idem, texto falado. Tá, tudo bem, na internet por vezes é preciso ter imagens e sons para alimentar nossa insaciável curiosidade. Mas, em geral, textos são mais imaginativos.


Portanto, meu manifesto é pela escrita. Gosto dela do jeito que ela é: às vezes desperta cansaço, desinteresse e até mesmo preguiça, mas continua sendo a preferida. A mãe dos meios de comunicação. A melhor forma de cada um interpretar da sua maneira o sentimento, pensamento, momento, e demais "entos" do autor. A escrita une as pessoas. Relacionamo-nos muito mais facilmente com outras pessoas através da escrita, porque ela traz em si os detalhes mais íntimos da pessoa, o subjetivo expresso em palavras.

2 comentários:

  1. Brigadão pela visita novamente meu, é sempre uma alegria ler um comentario teu. Curti muito o teu texto sobre o poder e o alcance do texto escrito
    pareceu-me bem pensado, e concatenado.
    Curto muito ler, mas a imagem para mim tem um grande apelo ja que é com ela que trabalho. Mas escrevo desde criança... escrevo para não esquecer...

    Ai vai uma parte de um texto que eu gosto muito de Wally Salomão do livro Lábia:

    Criar é não se adequar à vida como ela é,
    Nem tampouco se grudar às lembranças pretéritas
    Que não sobrenadam mais.
    Nem ancorar à beira-cais estagnado,
    Nem malhar a batida bigorna à beira-mágoa.


    um grande abraço e tudo de bom sempre ai
    manda o teu msn ae para conversarmos
    flw brother!

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  2. ahhh ia me esquecendo o título do poema que escrevi a primeira estrofe chama-se: Sargaços.

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